28.3.08

Conspiração

Eles existem, vamos dar isso como dado adquirido. Já se estudou tudo o que havia a estudar sobre o assunto, já se ouviram ziliões de relatos de maluquinhos que afirmam ter tido contacto com seres extra-terrestres (curiosamente, muitos deles na Escócia, em zonas de destilarias), já todos vimos a ex-deputada Odete Santos discursar no parlamento, portanto para mim basta de teorias. Está mais do que provado que eles estão mesmo entre nós.

Mas não é qualquer um que tem possibilidade de andar por aí camuflado a estudar-nos. Não. Eles são criteriosamente seleccionados, um por um, para não se colocar a missão em risco. De milhares e milhares de candidatos é escolhido um grupo de sessenta, e daí, após realizados testes verdadeiramente espartanos, são eleitos apenas oito.

Como é que eu sei? Isso não interessa, mas é importante termos noção de como as coisas funcionam. Porque a verdade, meus caros, que eles tentam abafar a todo o custo, é esta:

Os extra-terrestres são uns retardados!

Como se pode ver pela foto, o gajo tem uma ficha eléctrica na boca. Alguém que ande por aí com uma ficha eléctrica na boca não é, para mim, um paradigma de inteligência superior. Poder-se-ia argumentar que este indivíduo não é uma amostra fiel da sua espécie.

Mas é.

E não sei o que me inquieta mais; se o facto de estarem entre nós, se o facto de serem palermas de calibre olímpico.



Isso explica a razão de haver em certos países áreas reservadas, as Roswells da vida, por vezes mantidas em segredo até dos próprios governos.


Talvez vocês não tenham perdido muito tempo a pensar nisso, mas eu, que passei demasiadas horas em paragens de autocarro, passo a explicar a verdade que se esconde nas entrelinhas.

Quando digo que “eles” tentam abafar esta realidade, não me refiro aos seres alienígenas, coitados. Falo, obviamente, dos americanos. Todas as histórias passam obrigatoriamente por aquele território.


Tal como acontece com a Igreja Católica, nós, seres humanos, frágeis e mortais, pequenos perante o desconhecido, estamos habituados a respeitar e temer o que vem de cima. Se irritamos alguém lá no céu (incluindo pombos), somos severamente castigados. Ou seja resulta tudo numa base de medo.

Foi com base nesta premissa que se construiu todo um monumental império, a indústria de ficção científica – ocasionalmente confundido com a própria igreja.

Durante décadas, miríades de livros, filmes e novos autores foram brotando como cogumelos. Títulos atrás de títulos foram formando um culto que com o tempo virou cultura e que transmitia uma mensagem muito clara: nós não estamos sós no Universo, eles existem. São seres prodigiosos, vivem em sociedades a todos os níveis mais avançadas e podem chegar em qualquer altura e, em segundos, desintegrar-nos com armas de formatos esquisitos.

Ora, o que aconteceria então se descobríssemos que afinal os extra-terrestres são perfeitos anormais? É suposto eles pilotarem complexas naves espaciais cheias de luzinhas a piscar, mas eu olho para este da foto e não fico com grandes expectativas. Creio que nem um carrinho de supermercado ele conseguiria dirigir (que, como todos sabemos, têm sempre uma roda torta para chatear).

As consequências para a sociedade seriam nefastas. Perderíamos todo o fascínio conquistado em anos e anos de mistério, e uma crise de confiança de dimensões homéricas iria desencadear a ruína de toda a indústria.

Hollywood seria abalada por uma vaga de falências e despedimentos colectivos, que logo chegaria a Wall Street, e os pilares da economia norte-americana seriam significativamente afectados. Como cada vez que um americano espirra, a Europa e o resto do mundo se ressentem, este episódio daria lugar a um gigantesco crash globalizado que poderia resultar no colapso das sociedades modernas tal como as conhecemos, e que, por sua vez, conduziria à extinção total e irreversível do planeta Terra.




Como disse antes, talvez tenha passado tempo demais à espera de transportes. Mas o perigo é real, por isso aconselho toda a gente a continuar a acreditar em serezinhos azuis em forma de botija de gás butano capazes de rodar a cabeça 360º para a esquerda e de lamberem o próprio cotovelo. E se virem um parado no semáforo, sentadinho no seu Fiat Panda de 1989, por favor, tenham medo.

26.3.08

José Miguel diz:

- Sagitário -

Carta do dia: Rei de Espadas. Isto significa que irá conhecer o Rei de Espadas.

Dica mística: Com a lua na casa 2 e o planeta regente em trânsito no eixo norte-sul, este é um momento pouco propício a gastos supérfluos ou ideias malucas. Sentirá uma grande necessidade de comer lampreia. Feche a porta ao sair de casa. Use a sua capacidade de ouvir os outros, sobretudo se lhe disserem que ainda está vermelho para os peões.

20.3.08

O provador da loja

À semelhança de um qualquer José Nuno Martins desta vida, Pancho está ali para zelar pelo cliente. E que trabalho exemplar faz Pancho! Atento, disponível, responsável. Se o consumidor estiver insatisfeito com a loja pode dirigir-se ao provador. É que, apesar de ficarem à mesma a falar para a parede, ao menos aqui terão a sensação de estarem a ser ouvidos.

19.3.08

José Miguel diz:


- Carneiro -
Carta do dia: A Dúvida. Isto significa que terá uma dúvida.
Dica mística: Em caso de dúvida - porque ao longo do dia deverá ter pelo menos uma - escolha sempre o mais barato. Se comer carne, peça arroz para acompanhar. Evite ligar para linhas eróticas durante o expediente. Desconfie de condutas de lixo.

Para os olhos


Para os ouvidos



Esta moça tem o dom de cantar as maiores brutalidades com o sorriso mais inocente do mundo. Love it.

14.3.08

Sexta-feira, time for goodies.

Como uma praga!



Hoje de manhã, por algum motivo que desconheço, acordei com esta música em loop na minha cabeça. Alguém me ajuda a arrancá-la de lá?


Isto vai ser um loooongo dia...

13.3.08

Obrigado! Vocês são um público maravilhoso.

Era o apoio de que precisava para iniciar neste blog um espaço novo: o meu proprio horóscopo. Não sei se estou à altura do desafio, mas sinto que fui agraciado pela sabedoria de Maria Helena, e isso para mim basta.
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Que se pronunciem os astros!
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P.S.: Provavelmente "Porcos no Espaço" não será a melhor assinatura para uma rubrica que se quer séria e credível. Assim, à semelhança da outra senhora, adoptarei um nome simples e que transmita confiança. Este espaço, senhoras e senhores, será da exclusiva responsabilidade do meu alter-alter-ego, "José Miguel".


11.3.08

Rainha do Zodíaco

Maria Helena. Só assim. Sem apelidos sonantes nem títulos académicos. Sem arrogância nem pretensiosismo.

A simplicidade do nome deixa transparecer alguma proximidade. Diria mesmo muita proximidade. Maria Helena podia ser a senhora da porta do lado. A que fala de trivialidades quando nos encontra à entrada do prédio a ver o correio. A que nos aconselha a levar uma malhinha se o tempo estiver a arrefecer. A que nos empresta um raminho de salsa ou dois ovos, se já não tivermos.

Mas mais do que isso, Maria Helena abre-nos os olhos. Como uma velha amiga que nos quer bem. Quase como uma mãe.

Maria Helena tem poderes. Aparentemente, não os suficientes para fazer qualquer coisa em relação àquele penteado, mas tem-nos. Ela conhece os astros como ninguém, coisa que só seria possível com um currículo tão invejável e umas armações MultiÓpticas (desconto igual à idade) tão magníficas como Maria Helena tem. Não lê as banalidades que outros, charlatães convictos, andam por aí a debitar em jornais, igrejas ou sub-caves na Reboleira. Não, nada de verdades vazias, nada de generalidades metafísicas, nada de coisas que na realidade não querem dizer porra nenhuma. Ao contrário da concorrência, Maria Helena lê apenas o que interessa. Vai directo ao assunto, porque no fundo sabe que o tempo é um bem precioso.

Dá-nos dicas úteis para o nosso dia-a-dia, diz-nos para não sairmos por aí a torrar todo o nosso suado dinheirinho em porcarias. Diz-nos para termos cuidado com correntes de ar ou para evitarmos fritos (Maria Helena é muito terrena nas suas previsões). Diz-nos para trabalharmos com afinco se queremos ser promovidos e que não devemos maltratar aqueles de quem gostamos. Coisas que nós, pobres e ignorantes mortais, não conseguimos alcançar por nós mesmos. Deita a carta do dia – suponhamos, a “Felicidade” – e revela-nos o seu significado: que essa pessoa vai ter uma grande felicidade.

Se for nativo de Gémeos, cuidado ao atravessar auto-estradas a pé. Caranguejo, atenção a possíveis acidentes envolvendo garfos e criancinhas hiperactivas. Balança, evite armadilhas para ursos. And so on, and so on. Verdades incontornáveis que Maria Helena aplica a cada signo com uma precisão de relojoeiro, e que, mais uma vez, se ela não nos disser, nós nem desconfiamos.


E sinto-me mais seguro assim. É como se os Astros falassem directamente comigo pela mão desta senhora. Os meus dias já não arrancam sem antes correr para o seu site e saber o que me está reservado. Maria Helena é a minha droga.
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Já há muito que se justificava um post inteiramente dedicado a ela. Missão cumprida.

8.3.08

Dia Internacional da Mulher

Que um mar de feministas se revolte e inunde a minha caixa de inflamados e-mails de protesto!

Que o tão puritano e autoritário blogger me censure vergonhosamente!

Que mil cães amaldiçoados urinem para sempre nas rodas do meu carro!


E perdoem-me todos aqueles que não compreenderam a razão de haver uma fotografia deste teor num espaço que tem tanto de decente como de inútil.

Mas olhem. Olhem à vontade. Olhem bem. E vejam. Para além do óbvio, bem entendido.

Dois fartos olhos, perdidos, esbugalhados, pesados de cansaço. E uma boca, como que querendo assobiar uma velha melodia.
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É uma cara, não é uma mulher. Mas esta é a sua homenagem.

Como um Magritte.









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P.S.: Porque sei do sentido de humor das mulheres que aqui passam, deixo-vos este maravilhoso bónus. Não havia como não partilhar isto.

7.3.08

A democracia é uma treta!

Apesar de ter sido o vídeo menos votado, eu achei que merecia vencer. E eu é que mando neste estaminé.

Amigos, eu tentei a bem, mas vocês estavam irredutíveis.




Quando vejo este vídeo, só me ocorre uma palavra: ridículo, ingénuo, memorável. É uma autêntica raridade onde podemos ver Cláudio Ramos ainda teenager, já a começar a abichanar, numa estética muito Power Rangers. Anos volvidos, olhem no que deu. Os outros, sabe-se lá que diabo é feito deles. Consta que os das pontas fazem dupla num circo romeno, a de verde é professora primária e a de amarelo ainda não lhe conheço paradeiro.

É engraçado como os anos 80 (que se estende até 1993) emprestam um ar decadente a praticamente tudo. Ninguém que tenha passado por essa maldita década pode afirmar que não tem telhados de vidro, porque haverá sempre uma foto, um vídeo, uma prova qualquer de que uma vez – pelo menos uma vez – fez uma monumental figura de urso.

4.3.08

Desde 1979








Resultado de apenas três minutos de busca. O Youtube é um mundo.

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