9.7.09

Badly Drawn Roy

Não ia postar nada hoje, mas não resisti a trazer-vos aqui a história de Roy. Porque isto nunca acontece só aos outros.

São alguns 20 minutos, está em inglês não legendado e carregdo de sotaque irlandês. Mas, por favor, vejam.




8.7.09

Insónias

Bule 1 - Pssst, estás a dormir?

Bule 2 - Não.

Bule 1 - Porquê?

Bule 2 - Porque estou a falar contigo, idiota.

Bule 1 - Se não estivesses a falar comigo...

Bule 2 - O que é que tem?

Bule 1 - Estarias a dormir?

Bule 2 - Não.

Bule 1 - Porquê?

Bule 2 - Hum, deixa-me pensar... Porque alguém se lembrou que era boa ideia misturar RedBull na minha sopa?

Bule 1 - Canja é só água, não dá energia nenhuma.

Bule 2 - Três latas?!

Bule 1 - Pensei que só tinha metido duas, desculpa.

Bule 2 - Arrghh!!! Quero sossegar mas parece que tenho o Mundo inteiro a dançar o fandango na minha cabeça.

Bule 1 - Hehehe

Bule 2 - De que ris, idiota?

Bule 1 - Antes fandango do que Riverdance.

Bule 2 - Obrigado, isso vai mesmo ajudar-me a dormir.

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(Longo silêncio)

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Bule 1 - Olha lá, não é amanhã que tens a entrevista?

Bule 2 - É. (suspiro)

Bule 1 - A que horas?

Bule 2 - Cedo.

Bule 1 - …

Bule 2 - …

Bule 1 - Então vê se dormes, para estares bem descansado.

3.7.09

Faz muuuuuh

E o pato? Como faz o pato?
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Desculpem, não resisti à piadinha.

2.7.09

Um sapato

Assunto que me apoquenta há largos anos, este do sapato único.

O atento leitor decerto já se terá deparado com este cenário: algures no meio da rua, junto a uma berma de estrada, vagueando num terreno baldio jaz um sapato.

Não dois, apenas um.

É o que costumo chamar de sapato único. Sapato, bota, ténis, chinelo, tamanco, seja qual for a raça, não escapa a este estranho destino. Ali anda ele, sozinho, perdido, abandonado, empoeirado, sem rumo, órfão de esquerdo ou de direito. A minha pergunta é, naturalmente, a seguinte:


COMO RAIO É QUE SE PERDE SÓ UM SAPATO?!


E ONDE ESTÁ O OUTRO?!

Por Deus, será que alguém leva assim tanta pressa a ponto de não se aperceber quando deixa um sapato para trás?

Até seria capaz de entender se a pessoa estivesse a fugir, vamos lá, de um urso pardo, por exemplo. Mas convenhamos, não é todos os dias que podemos encontrar ursos pardos à solta pela cidade. Além de também não entender para que quer o bicho o nosso calçado.

A menos que estejamos a falar de algum urso com um desejo incontrolável por sapatos, coisa que, a ser verdade, abre toda uma nova polémica em torno da possibilidade da existência de ursos gay e dos respectivos direitos. Parece que já o estou a ver no meio da parada, vestido de couro a dançar avenida abaixo. (Bloco de Esquerda, têm aqui um novo nicho que ainda vos pode render uns votos valentes.)

E, vendo bem, se o gato pode ter botas, por que razão não pode o urso ter sapatilhas?



Mas, imaginando que não se trata então de um urso, nem de qualquer outro animal, como se explica este caso? É que mesmo que a ideia seja só deitá-los fora, vai o par completo ao mesmo tempo, não?

Ajudem-me.
Um sapateiro com falta de atenção? Complexo de Cinderela generalizado? Vaga de novos Saci-pererês? Crise conjugal entre os dois sapatos, culminando num deles a fazer as malas e sair pé fora? Ou será que este simplesmente partiu na ânsia de conhecer o mundo, como um sapatinho Chicco?


Após anos a matutar no assunto, concluo que não cheguei a conclusão alguma. Mas uma coisa lhe peço, caro leitor, se um dia protagonizar um episódio semelhante, faça como Judas, que ao perder as botas perdeu logo as duas de uma vez.