28.2.08

Ri de quê? - III

Terceira tentativa. O coco continua sério. Nem um pequeno esgar à la Mona Lisa. Situações extremas requerem medidas extremas. Para hoje, recorri aos serviços de um velho conhecido que certamente nos irá ajudar nesta cruzada.



Força, amiguinho, faz a tua magia!


Afastemo-nos agora um pouco, isto pode ficar feio.


Olhos nos olhos. A tensão cresce abruptamente.


Movimento técnico perfeito.


Vai, agora, sem misericórdias!

JÁ O VEJO! Um sorriso, ali mesmo!

O coco está a rir!
O coco está a rir!
A cobra tá fumando!
O coco está a rir!


Cá está!


Vitória, retumbante e inequívoca! O Pirilampo nunca falha. É um profissional.


Não é à toa a sua fama. Agora compreendo melhor por que razão todos os anos artistas e figuras públicas em geral lhe dedicam músicas.



De agora em diante, sempre que nos perguntarem “como se parte um coco a rir?”, responderemos com toda a segurança “com a preciosa ajuda de um pirilampo wrestler”. Foi a tímida contribuição deste blog para que ninguém pareça desenquadrado num qualquer evento social. Nunca se sabe quando o tema pode vir à baila.

Numa próxima oportunidade, gostaria de saber por que é que “quem ri por último, ri melhor.” Aparentemente, pode-se rir melhor. E eu não sabia.

25.2.08

Ri de quê? - II

É a pergunta que se impõe. De que ri um coco? Se uma vaca ri e isso serve para vender queijinhos, um coco rir não será, certamente, mais estranho. Urge saber o que provoca uma gargalhada no universo deste pequeno espécimen.

De que tipo de humor estaremos a falar?

Quanto mais cedo descobrirmos a resposta, mais cedo faremos este nosso amigo rir. E ele precisa. Estou a notá-lo algo tenso, macambúzio, um pouco blasé até.



Será que vai lá com anedotas? Experimentemos.

- Uma tartaruga ia a passear pela rua e é assaltada por um bando de chitas. Quando aparece a polícia a tartaruga responde: Não sei quem foi, aconteceu tudo tão depressa.





Não?






Nada?




Mas o quê, foi da piada? Não gostaste desta ou…?

Pois, eu compreendo-te.




Ok, então e cócegas? TU TENS CÓ-CE-GAS!!
[Voz palerma como se estivesse a falar para uma criança, enquanto esfrego suavemente o meu dedo no monitor, numa zona do coco que supostamente ficaria debaixo do seu braço, caso ele tivesse um.]


E daí se calhar não tens.


Humm…



E Pedro Santana Lopes? Nem mesmo o mais blasé dos cocos resiste a uma intervenção do guerreiro menino na assembleia.


O Benfica? Hum… melhor não, pode ter o efeito contrário.



Horóscopos?




Anõezinhos malabaristas?

20.2.08

Ri de quê?

Coco.

É o fruto
do coqueiro. É um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião
germina.
Seu período de safra vai de Janeiro a Julho.

Fonte: Wikipedia.




Cientificamente, um coco é isto. Apenas isto. O que me leva inevitavelmente a questionar de onde raio vem a expressão “partir o coco a rir”. QUEM foi o indivíduo que se lembrou de inventar este termo?

Quanto a vocês não sei, mas confesso que a ideia de um coco a rir me deixa bastante inquieto.



Ou será que quem ri é a pessoa e não propriamente o coco? Este cenário não é menos intrigante. O que tem um coco assim de tão hilariante que leve alguém a rir enquanto o parte?

Pessoalmente, nunca assisti a tal cena.

Um homem enquanto tenta partir um coco: “HAHAHA é mesmo muito engraç...” – Não. Nunca aconteceu.

Em toda a História, não existe um único registo de pessoas que tenham partido cocos a rir.



Aliás, como é que se parte um coco a rir? Eu já tentei e garanto que não é nada fácil. Aquela casca é rija como tudo, possivelmente revestida do mesmo material das caixas-negras dos aviões.

Foi preciso uma faca de serrilha, dois martelos, um berbequim, uma retroescavadora, dois lança-chamas, quatro touros da ganadaria de Rio Frio, seis pigmeus africanos, um pai de santo, três bombas de vácuo suecas, uma besta de 1208 e um quarto de leite Vigor. O leite foi para beber a seguir. Já era tarde e deu-me larica.

Ao cabo de nove horas tinha conseguido abrir uma micro fissura na superfície do dito fruto. Facto ao qual ter estado o tempo inteiro a rir não foi completamente alheio.



Definitivamente não é possível fazê-lo enquanto nos rimos. Os músculos tornam-se displicentes e a concentração reduz para níveis mínimos, aumentando o risco de cortarmos acidentalmente um membro.




Voltemos, portanto, ao ponto de partida. É o próprio coco que ri, por inverosímil que isso possa parecer.


Pergunto: o que faz rir um coco?

15.2.08

Bom fim de semana


14.2.08

Sonata em Ré maior para cogumelo

Realizou-se ontem no CCB um concerto da Vienna Vegetable Orchestra.

Para quem não conhece, esta orquestra austríaca é tudo menos uma orquestra convencional. Eles fabricam os próprios instrumentos a partir de vegetais. No dia do concerto vão cedinho ao mercado, compram o que precisam, vão para casa e escarafuncham até dar som. Eu já os conhecia do youtube e estava curioso para ver como iriam resultar ao vivo.

O concerto em si não é mau, mas quem estiver à espera de ouvir música vinda do palco é capaz de apanhar uma valente banhada nesse dia. Porque, convenhamos, é humanamente impossível extrair melodia de uma cebola. Daí eles se concentrarem no ritmo.

E é exactamente esse o problema. Quem já viu um show dos STOMP, por exemplo, sabe que é possível fazer ritmo com praticamente TUDO. Legumes incluídos. Por isso, não surpreende. Na prática, são apenas indivíduos a bater em couves. Tem piada durante oito minutos mas depois acabou.


A propósito de couves, e para ser justo, devo salientar o momento alto da noite, que para mim foi surpreendentemente, verdadeiramente, absolutamente arrebatador: legumes com distorção! Três couves e um alho francês amplificados, munidos de pedais eléctricos, fizeram tanto barulho que chegariam para levar ao rubro uma plateia dos Type o negative.
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Ainda no tópico "vegetais", ficam aqui umas caras utilizadas há uns tempos numa campanha publicitária.




"Because vegetables are scary." Não fui eu que a fiz, com muita pena minha. É que esta tinha mesmo a minha cara.

11.2.08

Filosofia vadia

(clicar na imagem para ampliar... quem quiser, claro.)
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Assim grita angustiado,
Ricardinho, o filósofo-caixote;
questionando a vida e o Homem.
Por Deus, como reclama o baixote!

Louco e solitário,
mergulhado na sua desgraça;
gasta hoje os seus dias
a importunar quem passa.

Acredita revelar ao mundo
uma mensagem vital;
mas a realidade é outra,
Ricardinho é apenas anormal.