4.4.07

Os ares do campo

“AH, não há vida como a do campo.”


É frequente ouvir esta afirmação. A calma, o ar puro, o sol, a brisa matinal, os passarinhos a chilrear nas árvores, talvez tudo isso leve as pessoas a pensar que o campo encerra um ideal da qualidade de vida.



Por “pessoas” leia-se malta da cidade, claro. Quando suspira por vastos campos de girassóis, a malta da cidade está nitidamente esquecer-se do aspecto de uma pessoa que passou toda a sua existência no campo. É o tipo de ambiente que faz uma mulher de 30 anos aparentar 65. O ar seco, o pó da terra e o parco uso de cosméticos conferem a qualquer sujeito uma intensa rugosidade, apenas possível num cavaleiro vivo desde o tempo das cruzadas.



Vejamos o senhor Almerindo Jesus, por exemplo. Tem 42 anos e é proprietário de um minifúndio.


42 anos!

Não tenham ilusões, a vida no campo é mesmo dura.



Na foto, Almerindo Jesus apresenta-se com uma coroa de arame farpado na cabeça. É uma pequena brincadeira que gosta de fazer pela Páscoa, por causa do nome, entendem? Jesus? Coroa de espinhos? Páscoa?

É um pândego.



Ok, é chanfrado mesmo. Ele foi dos Rangers quando era mais novo, por isso…


Quer dizer, não chegou a ser. Esteve quase, mas não o aceitaram porque não tinha bracinhos. Parecendo que não, ainda é importante para quem quer disparar armas e subir cordas.

Mas a paranóia continua intacta.



P.S.: Obrigado ao Perdido, um rapaz da cidade que numa tarde ensolarada encontrou esta cara quando provavelmente corria de cuecas num campo cheio de dentes de leão.

3 Comentários:

Blogger Prezado disse...

eu é boxers, pá.

10:35 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

No cámpo há mt disso há.

Bia

11:56 da manhã  
Blogger pegueitrinquei disse...

tão lindo, o senhor ;)

5:53 da tarde  

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