Mediocridade às 07h15
Maquinista é uma profissão dura.
Não é nada daquilo com que sonhamos em criança.
Mais duro ainda para os que apanham os primeiros turnos do dia. Vejamos o José Rui, por exemplo. Ele pega às 06h30.
Todos os dias a acordar antes do sol nascer, de Inverno e de Verão. Liga a televisão da cozinha e toma o pequeno-almoço na companhia das televendas.
Todos os dias a fazer o mesmo percurso, sempre com as mesmas paragens, sempre às mesmas horas. Os carris não dão espaço ao mais pequeno desvio.
Todos os dias à espera do fim do mês, mesmo que isso signifique apenas um cheque magro, amarelo e desinteressante.
A vida de José Rui podia ser mais cinzenta, não fosse a intervenção de alguns filhos de uma ursa menor. Estes seres cósmicos podem ter um impacto bastante positivo na vida de uma pessoa, não estão cá só para chatear.
Olharam para o Zé Rui e decidiram fazer alguma coisa para melhorar a sua qualidade de vida.
Agora, no seu enfadonho trajecto diário, ele tem sempre um “Bom dia, senhor maquinista!” sincero à sua espera. De alguém (!) que deseja realmente que o Zé Rui tenha um dia agradável.
Sim, Zé Rui é um bocadinho mais feliz.
Embora pouco.
"Estás triste? Se eu tivesse a tua vida, também estaria. Apre! HAHAHAHAHA!
Não, agora a sério, bom dia, pá."
1 Comentários:
Tanto Zé Rui por essas linhas.
Bem visto* Bia
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