Ainda sobre os três-zero
A crise dos trinta não existe. Nem a dos quarenta, nem a dos cinquenta, nem a dos noventa e sete. Minto, talvez a dos noventa e sete exista de facto. É a altura em que se começa a apontar para os cem, número redondo e orgulhoso, mas que apesar de muito próximo parece sempre uma miragem. São três anos de pura ansiedade para os velhinhos.
Mas a crise dos trinta é um engano. Aos trinta continuamos jovens. A diferença é que começamos a ser um pouco menos totós. A crise é uma incapacidade de cada um em lidar com a idade que tem. Porque em algum momento idealizaram um número e julgaram que seria perfeito viver sempre com essa idade. O problema é que a Terra continua a dar voltas ao Sol e isso estraga os planos a muita gente.
Mas chegado aos três-zero, é inevitável fazer um balanço. E o que mais me assusta é apenas a velocidade com que tudo passa sem que ninguém perceba. Parece cliché – e é – mas é verdade. Lembro-me dos meus quinze anos como se tivesse sido anteontem. E foi só há quinze anos. Mas daqui a quinze anos (os mesmos quinze!) é suposto já ter quarenta e cinco. Quarenta cinco!! Eu via os meus pais aos quarenta e cinco a arranjarem-se para ir trabalhar e parecia-me uma idade tão adulta e distante que me dava a sensação que iria demorar uns cem para lá chegar.
Mas como disse, a crise não existe, por isso não me afecta.
Ao fim e ao cabo, o que mais me aborrece é já não ter cartão jovem. Porque ainda o sou. Mas deve ser a lei das compensações. Em jovem não me davam crédito, em adulto não me dão descontos.
Tudo bem, eu admito, em adulto continuo a não ter crédito. Mas vivo bem com isso.
Para encerrar o tema, aconselho-vos a ler este post. As partes que deixei por explorar, ele sacou-as bem. Boa, “Gustavo”.
E porque isto tem andado escasso de caras recentemente, aqui fica uma para animar.
Encontrem-na.
Mas a crise dos trinta é um engano. Aos trinta continuamos jovens. A diferença é que começamos a ser um pouco menos totós. A crise é uma incapacidade de cada um em lidar com a idade que tem. Porque em algum momento idealizaram um número e julgaram que seria perfeito viver sempre com essa idade. O problema é que a Terra continua a dar voltas ao Sol e isso estraga os planos a muita gente.
Mas chegado aos três-zero, é inevitável fazer um balanço. E o que mais me assusta é apenas a velocidade com que tudo passa sem que ninguém perceba. Parece cliché – e é – mas é verdade. Lembro-me dos meus quinze anos como se tivesse sido anteontem. E foi só há quinze anos. Mas daqui a quinze anos (os mesmos quinze!) é suposto já ter quarenta e cinco. Quarenta cinco!! Eu via os meus pais aos quarenta e cinco a arranjarem-se para ir trabalhar e parecia-me uma idade tão adulta e distante que me dava a sensação que iria demorar uns cem para lá chegar.
Mas como disse, a crise não existe, por isso não me afecta.
Ao fim e ao cabo, o que mais me aborrece é já não ter cartão jovem. Porque ainda o sou. Mas deve ser a lei das compensações. Em jovem não me davam crédito, em adulto não me dão descontos.
Tudo bem, eu admito, em adulto continuo a não ter crédito. Mas vivo bem com isso.
Para encerrar o tema, aconselho-vos a ler este post. As partes que deixei por explorar, ele sacou-as bem. Boa, “Gustavo”.
E porque isto tem andado escasso de caras recentemente, aqui fica uma para animar.
Encontrem-na.
8 Comentários:
a cara está no bolo da esquerda em baixo, tristonha, já deve saber que vi acabar na barriguinha de alguém lol
a crise dos 30...acho que existe mesmo ;)
O que interessa é estar bem conservadinho principalmente de mente e espirito para seguir em frente com força e (continuar) a lutar pelo que se deseja... =)
não sei que comentário foi este o de cima, mas nao me me lembrei de mais nada assim consolador..
Epá chamem-me doida, mas eu vejo duas caras... A do bolo, tristonha e a da mão direita, como que um bico de pato a olhar na direcção do bolinho!
Se calhar estou doida... Afinal...seguir este blogue traz com toda a certeza efeitos secundários!
Beijo
(desculpem a falta de acentos mas estou no estrangeiro - viva o luxo, eu tou podendo!)
Stamp,
existe mesmo? Porque dizes isso? Alguma crise antecipada?
Cat,
obrigado mas nao era para consolar. Para mim nao e mesmo crise nenhuma.
Tani,
nao te preocupes, isso nao e perigos. Na verdade, estou orgulhoso por estares a fazer progressos. Ha mesmo varias caras nesta imagem.
eu vejo cristo. mas não é nos bolos.
não tens crise? ve-se mesmo que és verdinho. da-lhe tempo, jovem.
Vivo bem com a idade que tiver, basta saber adaptar as expectativas à realidade. Talvez já não venha a ser um grande jogador de futebol, mas ainda posso ser milionário.
E que depois venha de lá essa crise dos noventa e sete.
Ai não que não existe a crise dos trinta. A dos trinta, a dos quarenta, a dos cinquenta e a dos sessenta. Digo-te eu que já passei por todas elas. Só que como sou um tipo valente, tento dar a volta às crises existenciais e aqui estou pronto para as curvas até chegar à próxima curva e à próxima crise.
Mas repara que a crise não é tanto aquilo a que chamas a ansiedade dos velhinhos mas sim pelos balanços que vamos fazendo e da consciência que vamos tendo quanto às coisas que ainda não fizemos e ao pouco tempo que temos para realizá-las. Porque jovens vamo-nos mantendo (com algumas alterações, já se vê) ou, pelo menos, devemos tentar.
E eu que também via o meu pai arranjar-se e sair para o trabalho e que vi os meus filhos também arranjarem-se e saírem para o trabalho e, mais tarde, de casa, aqui estou, todo lampeiro, revitalizado por ter conseguido ultrapassar todas essas “crises”. Afinal, a Terra continua a dar voltas ao Sol.
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