O drama dos carteiros revisitado
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Carlos Fernandes, 27 anos, carteiro há três. Largos meses após o seu pedido, conseguiu finalmente a tão desejada transferência para Trás-os-Montes. “Lá o pessoal até pode ser meio bruto, mas ao menos já não tenho de aturar isto”, diz.
Nuno Viana. Aos 51 anos conseguiu reforma antecipada, alegando princípio de esgotamento. E nem precisou fingir-se de maluco.
Marcelo Baiano, 35 anos, obviamente brasileiro. Actualmente desempenha funções de segurança num bar de alterne. Sobre a sua anterior ocupação diz: “Tava dando mais não. Todo o santo dia a mesma coisa. Eu só queria fazer meu trabalho direitinho, e o cara lá judiano de mim, me mordendo, botando as carta de novo pra fora. Pô, eu joguei pedra na cruz!”
Vítor Pacheco, 22. Não é que quisesse ser carteiro desde pequenino, mas está a tirar engenharia em horário pós-laboral e como não tem papás ricos este curso está a sair-lhe directamente do couro. E de que maneira! Quando liga ao pai, quase à beira do choro, diz que a continuar assim não sabe se consegue. O pai responde-lhe invariavelmente o mesmo: “Aguenta-te, rapaz. Isso forma o carácter.”
Amadeu Matos, não revela a sua idade, mas diz que é do tempo em que havia respeito pelos que trabalham. Também diz que por pouco não foi um dos Sheiks. É o único ainda a fazer aquela rota, mas aconselha todas as pessoas a enviarem e-mails em vez de cartas de papel.
Afinal o que temem estes profissionais?
Cães? Não, esse tempo já lá vai. O novo terror dos carteiros é isto:
Carlos Fernandes, 27 anos, carteiro há três. Largos meses após o seu pedido, conseguiu finalmente a tão desejada transferência para Trás-os-Montes. “Lá o pessoal até pode ser meio bruto, mas ao menos já não tenho de aturar isto”, diz.
Nuno Viana. Aos 51 anos conseguiu reforma antecipada, alegando princípio de esgotamento. E nem precisou fingir-se de maluco.
Marcelo Baiano, 35 anos, obviamente brasileiro. Actualmente desempenha funções de segurança num bar de alterne. Sobre a sua anterior ocupação diz: “Tava dando mais não. Todo o santo dia a mesma coisa. Eu só queria fazer meu trabalho direitinho, e o cara lá judiano de mim, me mordendo, botando as carta de novo pra fora. Pô, eu joguei pedra na cruz!”
Vítor Pacheco, 22. Não é que quisesse ser carteiro desde pequenino, mas está a tirar engenharia em horário pós-laboral e como não tem papás ricos este curso está a sair-lhe directamente do couro. E de que maneira! Quando liga ao pai, quase à beira do choro, diz que a continuar assim não sabe se consegue. O pai responde-lhe invariavelmente o mesmo: “Aguenta-te, rapaz. Isso forma o carácter.”
Amadeu Matos, não revela a sua idade, mas diz que é do tempo em que havia respeito pelos que trabalham. Também diz que por pouco não foi um dos Sheiks. É o único ainda a fazer aquela rota, mas aconselha todas as pessoas a enviarem e-mails em vez de cartas de papel.
Afinal o que temem estes profissionais?
Cães? Não, esse tempo já lá vai. O novo terror dos carteiros é isto:
Cerca de 50 X 20 cm de puro mau feitio.
1 Comentários:
:/ Tou bué solidária...
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