Conspiração
Eles existem, vamos dar isso como dado adquirido. Já se estudou tudo o que havia a estudar sobre o assunto, já se ouviram ziliões de relatos de maluquinhos que afirmam ter tido contacto com seres extra-terrestres (curiosamente, muitos deles na Escócia, em zonas de destilarias), já todos vimos a ex-deputada Odete Santos discursar no parlamento, portanto para mim basta de teorias. Está mais do que provado que eles estão mesmo entre nós.
Mas não é qualquer um que tem possibilidade de andar por aí camuflado a estudar-nos. Não. Eles são criteriosamente seleccionados, um por um, para não se colocar a missão em risco. De milhares e milhares de candidatos é escolhido um grupo de sessenta, e daí, após realizados testes verdadeiramente espartanos, são eleitos apenas oito.
Como é que eu sei? Isso não interessa, mas é importante termos noção de como as coisas funcionam. Porque a verdade, meus caros, que eles tentam abafar a todo o custo, é esta:
Os extra-terrestres são uns retardados!
Como se pode ver pela foto, o gajo tem uma ficha eléctrica na boca. Alguém que ande por aí com uma ficha eléctrica na boca não é, para mim, um paradigma de inteligência superior. Poder-se-ia argumentar que este indivíduo não é uma amostra fiel da sua espécie.
Mas é.
E não sei o que me inquieta mais; se o facto de estarem entre nós, se o facto de serem palermas de calibre olímpico.
Isso explica a razão de haver em certos países áreas reservadas, as Roswells da vida, por vezes mantidas em segredo até dos próprios governos.
Talvez vocês não tenham perdido muito tempo a pensar nisso, mas eu, que passei demasiadas horas em paragens de autocarro, passo a explicar a verdade que se esconde nas entrelinhas.
Quando digo que “eles” tentam abafar esta realidade, não me refiro aos seres alienígenas, coitados. Falo, obviamente, dos americanos. Todas as histórias passam obrigatoriamente por aquele território.
Tal como acontece com a Igreja Católica, nós, seres humanos, frágeis e mortais, pequenos perante o desconhecido, estamos habituados a respeitar e temer o que vem de cima. Se irritamos alguém lá no céu (incluindo pombos), somos severamente castigados. Ou seja resulta tudo numa base de medo.
Foi com base nesta premissa que se construiu todo um monumental império, a indústria de ficção científica – ocasionalmente confundido com a própria igreja.
Durante décadas, miríades de livros, filmes e novos autores foram brotando como cogumelos. Títulos atrás de títulos foram formando um culto que com o tempo virou cultura e que transmitia uma mensagem muito clara: nós não estamos sós no Universo, eles existem. São seres prodigiosos, vivem em sociedades a todos os níveis mais avançadas e podem chegar em qualquer altura e, em segundos, desintegrar-nos com armas de formatos esquisitos.
Ora, o que aconteceria então se descobríssemos que afinal os extra-terrestres são perfeitos anormais? É suposto eles pilotarem complexas naves espaciais cheias de luzinhas a piscar, mas eu olho para este da foto e não fico com grandes expectativas. Creio que nem um carrinho de supermercado ele conseguiria dirigir (que, como todos sabemos, têm sempre uma roda torta para chatear).
As consequências para a sociedade seriam nefastas. Perderíamos todo o fascínio conquistado em anos e anos de mistério, e uma crise de confiança de dimensões homéricas iria desencadear a ruína de toda a indústria.
Hollywood seria abalada por uma vaga de falências e despedimentos colectivos, que logo chegaria a Wall Street, e os pilares da economia norte-americana seriam significativamente afectados. Como cada vez que um americano espirra, a Europa e o resto do mundo se ressentem, este episódio daria lugar a um gigantesco crash globalizado que poderia resultar no colapso das sociedades modernas tal como as conhecemos, e que, por sua vez, conduziria à extinção total e irreversível do planeta Terra.
Como disse antes, talvez tenha passado tempo demais à espera de transportes. Mas o perigo é real, por isso aconselho toda a gente a continuar a acreditar em serezinhos azuis em forma de botija de gás butano capazes de rodar a cabeça 360º para a esquerda e de lamberem o próprio cotovelo. E se virem um parado no semáforo, sentadinho no seu Fiat Panda de 1989, por favor, tenham medo.
Mas não é qualquer um que tem possibilidade de andar por aí camuflado a estudar-nos. Não. Eles são criteriosamente seleccionados, um por um, para não se colocar a missão em risco. De milhares e milhares de candidatos é escolhido um grupo de sessenta, e daí, após realizados testes verdadeiramente espartanos, são eleitos apenas oito.
Como é que eu sei? Isso não interessa, mas é importante termos noção de como as coisas funcionam. Porque a verdade, meus caros, que eles tentam abafar a todo o custo, é esta:
Os extra-terrestres são uns retardados!
Como se pode ver pela foto, o gajo tem uma ficha eléctrica na boca. Alguém que ande por aí com uma ficha eléctrica na boca não é, para mim, um paradigma de inteligência superior. Poder-se-ia argumentar que este indivíduo não é uma amostra fiel da sua espécie.
Mas é.
E não sei o que me inquieta mais; se o facto de estarem entre nós, se o facto de serem palermas de calibre olímpico.
Isso explica a razão de haver em certos países áreas reservadas, as Roswells da vida, por vezes mantidas em segredo até dos próprios governos.
Talvez vocês não tenham perdido muito tempo a pensar nisso, mas eu, que passei demasiadas horas em paragens de autocarro, passo a explicar a verdade que se esconde nas entrelinhas.
Quando digo que “eles” tentam abafar esta realidade, não me refiro aos seres alienígenas, coitados. Falo, obviamente, dos americanos. Todas as histórias passam obrigatoriamente por aquele território.
Tal como acontece com a Igreja Católica, nós, seres humanos, frágeis e mortais, pequenos perante o desconhecido, estamos habituados a respeitar e temer o que vem de cima. Se irritamos alguém lá no céu (incluindo pombos), somos severamente castigados. Ou seja resulta tudo numa base de medo.
Foi com base nesta premissa que se construiu todo um monumental império, a indústria de ficção científica – ocasionalmente confundido com a própria igreja.
Durante décadas, miríades de livros, filmes e novos autores foram brotando como cogumelos. Títulos atrás de títulos foram formando um culto que com o tempo virou cultura e que transmitia uma mensagem muito clara: nós não estamos sós no Universo, eles existem. São seres prodigiosos, vivem em sociedades a todos os níveis mais avançadas e podem chegar em qualquer altura e, em segundos, desintegrar-nos com armas de formatos esquisitos.
Ora, o que aconteceria então se descobríssemos que afinal os extra-terrestres são perfeitos anormais? É suposto eles pilotarem complexas naves espaciais cheias de luzinhas a piscar, mas eu olho para este da foto e não fico com grandes expectativas. Creio que nem um carrinho de supermercado ele conseguiria dirigir (que, como todos sabemos, têm sempre uma roda torta para chatear).
As consequências para a sociedade seriam nefastas. Perderíamos todo o fascínio conquistado em anos e anos de mistério, e uma crise de confiança de dimensões homéricas iria desencadear a ruína de toda a indústria.
Hollywood seria abalada por uma vaga de falências e despedimentos colectivos, que logo chegaria a Wall Street, e os pilares da economia norte-americana seriam significativamente afectados. Como cada vez que um americano espirra, a Europa e o resto do mundo se ressentem, este episódio daria lugar a um gigantesco crash globalizado que poderia resultar no colapso das sociedades modernas tal como as conhecemos, e que, por sua vez, conduziria à extinção total e irreversível do planeta Terra.
Como disse antes, talvez tenha passado tempo demais à espera de transportes. Mas o perigo é real, por isso aconselho toda a gente a continuar a acreditar em serezinhos azuis em forma de botija de gás butano capazes de rodar a cabeça 360º para a esquerda e de lamberem o próprio cotovelo. E se virem um parado no semáforo, sentadinho no seu Fiat Panda de 1989, por favor, tenham medo.
5 Comentários:
a frase: Se irritamos alguém lá no céu (incluindo pombos), somos severamente castigados.
a premissa: Como é que eu sei? Isso não interessa, mas é importante termos noção de como as coisas funcionam.
É bom saber que há pessoas, tal como eu, que acreditam em seres de outros planetas. Eu até acredito que conheço alguns deles e tudo vê lá. Sim no emprego e ali pelos lados da minha margem, sim sim, e conduzem Fiats, mas Puntos. Brancos, de dois lugares, rebaixados e com luz de talho por baixo. Costumo fugir deles mas eles teimam em andar colados às pessoas, na estrada, nas escadas rolantes, nas filas para o MB, não sei o que fazer.
Agora vendo bem esse ET ficha é bem giraço comparado com os que conheço. Onde o encontraste?
Mas os astros andam a falar ctg à grande....
josé miguel/prof.djambé eu vou-te provar que estás errado daqui bocado vem cá uma amiga minha alien comentar.
Fiquei apavorado. Andava distraído a ver o Canal Memória e confesso que nem quando a Ex-Deputada Odete Santos falava – e com que jeito – me dei realmente conta que esses seres pudessem existir.
Mas aquilo que, de facto, mais me impressionou no teu relato é a possibilidade de esses seres poderem lamber os seus próprios cotovelos. Eu também consigo lamber os meus, mas – nunca – depois de rodar a cabeça 360º para a esquerda.
Margarida, encontrei-o no meu emprego mas sei que também costuma ir acelerar para a Vasco da Gama nas sextas à noite.
Oh coisinha,eu não estou errado. Tu é que estás em negação... A menos que sejas um deles.
Demascarenhas, tanto quanto sei lamber o próprio cotovelo é uma forma de cumprimento relativamente popular entre eles. Já rodar a cabeça pode revelar-se extremamente útil para quem se move em chaços.
http://alienscorner.blogspot.com/
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