O sonho de Marlene
Algures no país profundo, mergulhada numa pacatez ensurdecedora, existe uma aldeia.
Exagero. São talvez nove casas que desfilam ao longo de uma estrada secundária com muito mais buracos do que alcatrão e já sem tinta nas duas únicas passadeiras. Não chega a ser aldeia, é um lugar.
Nesse lugar, numa dessas nove casas, vive Marlene. O nome, diz-lhe o tio, é em homenagem a uma loira fantástica que fez um furor danado nos Estates, para onde ele emigrou em mil nove e cinquenta e quatro.
Apesar de viver numa zona do país perdida da capital, Marlene tem acesso a tudo o que por lá se passa. Por obra e graça de um primo que trabalha nas comunicações, a internet chegou ao seu quartinho rosa de paredes forradas a posters. E ali estão os seus maiores ídolos: Harley Davidson, Vespa, Yamaha, é só escolher.
Marlene sonha um dia tirar a carta de mota para poder voar solta por esses campos fora, qual pedaço de pólen ao vento, sem ninguém a pedalar-lhe em cima.
Marlene já tinha tentado antes, mas não lhe correu lá muito bem. Por isso, agora é ainda e só uma simples bicicleta. Mas ela não vai desistir de dar esse passo. Inclusive fez uma atenção a um amigo do cunhado (que trabalha na Junta) – uma deliciosa tarte de amêndoa, à qual teve o cuidado de adicionar um envelope branco com um dinheirinho bom para apurar o sabor – isto para este ver o que é que ele podia fazer derivado à sua situação.
Naquele lugar que não chega a ser aldeia, como em tantos outros, os problemas ainda se resolvem assim. Com atenções.
E eu estou confiante… perdão, estamos todos confiantes que desta vez sonho de Marlene se vai realizar.
Força, miúda. Tu que, graças ao teu primo que trabalha nas comunicações, tens internet e nos lês... vai-te a eles!
Exagero. São talvez nove casas que desfilam ao longo de uma estrada secundária com muito mais buracos do que alcatrão e já sem tinta nas duas únicas passadeiras. Não chega a ser aldeia, é um lugar.
Nesse lugar, numa dessas nove casas, vive Marlene. O nome, diz-lhe o tio, é em homenagem a uma loira fantástica que fez um furor danado nos Estates, para onde ele emigrou em mil nove e cinquenta e quatro.
Apesar de viver numa zona do país perdida da capital, Marlene tem acesso a tudo o que por lá se passa. Por obra e graça de um primo que trabalha nas comunicações, a internet chegou ao seu quartinho rosa de paredes forradas a posters. E ali estão os seus maiores ídolos: Harley Davidson, Vespa, Yamaha, é só escolher.
Marlene sonha um dia tirar a carta de mota para poder voar solta por esses campos fora, qual pedaço de pólen ao vento, sem ninguém a pedalar-lhe em cima.
Marlene já tinha tentado antes, mas não lhe correu lá muito bem. Por isso, agora é ainda e só uma simples bicicleta. Mas ela não vai desistir de dar esse passo. Inclusive fez uma atenção a um amigo do cunhado (que trabalha na Junta) – uma deliciosa tarte de amêndoa, à qual teve o cuidado de adicionar um envelope branco com um dinheirinho bom para apurar o sabor – isto para este ver o que é que ele podia fazer derivado à sua situação.
Naquele lugar que não chega a ser aldeia, como em tantos outros, os problemas ainda se resolvem assim. Com atenções.
E eu estou confiante… perdão, estamos todos confiantes que desta vez sonho de Marlene se vai realizar.
Força, miúda. Tu que, graças ao teu primo que trabalha nas comunicações, tens internet e nos lês... vai-te a eles!
5 Comentários:
Não largues as drogas não...
Daqui a bocado já nem folhetos do BPI (por pena) te dão a fazer!!!
Eu apoio a Marlene. E se calhar ela nem sabe mas é fácil tirar a carta de mota. Força Mariléne!
Grande Marlene! Mulheres dessas é que o país precisa! =)
Let me see...
Linkin Park... (estou a sabotar-me a mim mesma!!!)
Garanhões peludos...
Dicas de tricot para novas mamãs...
Rolhão de muco...
Chiscake...
As novas aventuras de Kelly, a Colegial...
O diário do Vaticano...
Telletubbies...
Cristiano Ronaldo - o génio da bola...
Kuduro...
Ericeira Surf Shop...
Anita vai à praia...
Star trek...
Diametro de empadas (estou particularmente orgulhosa desta)...
Acid Jazz...
Saramago...
Pinto da Costa...
Tranquilidade...
Código binário...
Cem anos de solidão...
... Agora é sit back, ir ao google analytics e esperar para ver cibernautas inadvertidos a impludirem por Portugal...!!! A demographics deste blog vai ficar supimpa!!!
Peço calma aos restantes frequentadores deste espaço, eu já chamei a segurança e esta indivídua será retirada do local.
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